sexta-feira, outubro 27, 2006

O SONO DE UM MESTRE


No final dos anos 1960, os baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil conseguiram avançar nossa música um estágio adiante. Era a Tropicália, que, entre outras coisas, incrementou a guitarra na MPB - para total desaprovação dos mais conservadores. Um idéia genial. Hoje, a guitarra está inserida nos mais diversos estilos musicais de maneira sublime. Entretanto, o que seria de uma idéia criativa se não houvesse um par de ouvidos geniais? Nada disso teria acontecido da mesma forma se o maestro e arranjador Rogério Duprat tivesse ficado de fora da Tropicália. Musicalmente falando, tenho lá minhas dúvidas se as composições de Caetano e Gil tivessem funcionado tão bem quanto o que se ouve em discos como "Tropicália Ou Panis Et Circensis" (1968). Rogério Duprat foi um verdadeiro punk, um autêntico gênio da música brasileira, capaz de desconsertar para inovar com bom gosto, com harmonia e criar soluções perfeitas de arranjos para agasalhar qualquer canção. A nossa música deve muito a esta célebre figura.
O maestro sofria do mal de Alzheimer e câncer de bexiga. Nesta quinta-feira paulistana, dia 26 de outubro, Rogério Duprat não resistiu e morreu, aos 74 anos. Deixo aqui a minha homenagem e o meu agradecimento a este mestre da música.
Henrique Inglez de Souza

2 comentários:

Anónimo disse...

Assino embaixo.

sem muitas palavras mais.....

Anónimo disse...

Quem é que escolhe as frases vencedoras da promoção da Guitar Player Brasil 10 anos? Pelo amor de Deus... A que ganhou a Epiphone é de chorar de ruim...Ao invés de vocês incentivarem a criatividade, estão dando espaço para a mediocridade...Francamente...