terça-feira, janeiro 30, 2007

GRAVAÇÃO CASEIRA


Na edição de dezembro último, publicamos uma matéria sobre gravação caseira. Tenho recebido alguns comentários a respeito. Todos elogiando e dizendo que a matéria tem ajudado. Por isso, valeu a todos que têm dado esse feedback! Aproveitando a deixa de gravação caseira, eu queria dizer que recentemente comprei um “brinquedinho” muito legal e que tem tudo a ver com o assunto: o Boss Micro BR. Uma ferramenta e tanto. Tem opções variadas para incrementar as gravações. Entre elas, kits de bateria para montar um arranjo específico, tem alguns tipos de bateria, além de um razoável banco de efeitos e presets de guitarra. Se eu quiser, também posso adicionar efeitos à minha guitarra com regulagem que eu desejar. Tem efeitos como flanger, phaser, chorus, delay, reverb, drives, compressor. É um estúdio portátil, sem dúvida. Dá para editar e mixar suas gravações e depois transformá-las em WAV ou MP3. Depois, é só passar para um computador via USB e queimar o CD. Para mim, que vivo fazendo experiências caseiras, está sendo uma mão na roda – e super prático. Aliás, a praticidade é tanta, que tenho feito minhas entrevistas com o Boss Micro BR numa boa. Para os guitarristas, um “brinquedinho” irresistível.

domingo, janeiro 21, 2007

UM GRANDE SHOW DE ROCK


No dia 19 de janeiro, o Barão Vermelho fez sua última apresentação em São Paulo, no Tom Brasil. A partir das 22h30, foram cerca de duas horas e um repertório mais extenso do habitual. Além dos grandes clássicos, canções pouco tocadas ao vivo protagonizaram uma verdadeira noite roqueira. O motivo para tal atipicidade foi um só: o grupo carioca deve sair de férias logo após a atual turnê – sem data marcada para voltar à ativa. Quando Roberto Frejat anunciou a iminente pausa, o público foi à loucura e o show recebeu um reforço extra de energia e vibração.
O som estava impecável. Dava para ouvir perfeitamente cada um dos instrumentos e seus timbres. Frejat trouxe suas craviola Giannini e sua Zaganin. Fernandão utilizou duas Gibson (SG e Les Paul). A distorção estava rasgando o som na medida certa. Uma inevitável constatação, que nos certifica ser o Barão Vermelho uma genuína banda de rock e uma das poucas a levar o assunto a sério no Brasil. Tem presença, solos inspirados e muitos, mas muitos mesmo, riffs bem sacados.
Algumas curiosidades temperaram ainda mais o caldo: a “participação” de Cazuza em Codinome Beija-flor (como o que está registrado no disco Ao Vivo MTV) e o inusitado convidado Rafael Frejat, filho do vocalista. O garoto, que deve estar próximo de atingir sua pré-adolescência, deixou todos boquiabertos ao garantir bases seguras e solo de gente grande. Uma noite muito especial e cheia de surpresas. Fazia tempo que eu não ia a um show nacional tão bom. O ano começou bem!

segunda-feira, janeiro 15, 2007

SOTAQUES BRASILEIROS

Qual é o sotaque da música brasileira? Para um país tão vasto e extenso, não é de se estranhar que haja um número razoavelmente grande de ritmos e estilos. Tentar traduzir ou mesmo representar tamanha variedade tem sido a missão de muitos artistas ao longo dos anos. Reforçando esse caldo estão Luciano Magno (guitarra e violões), Fábio Valois (piano e teclados) e Raimundo Batista (pandeiro e backing vocal), que juntaram suas habilidades para formar o Trio Sotaque – uma saborosa mistura de algumas dessas variedades musicais do Brasil. Ponha num mesmo CD frevo, chorinho, samba, fusion, nuances de rock, de baião e de axé. Embora “misturar” tenha sido uma prática exaustivamente arriscada por muitos, poucos conseguem chegar a um resultado tão sublime. O requisito básico para uma proposta como essa deve ser a transformação de talento, inspiração e competência em músicas e/ou arranjos criativos. O Trio Sotaque tirou isso de letra! Luciano Magno baila com tanto desprendimento que nos faz querer ouvir o CD novamente e esta, para mim, já é uma forte evidência do sucesso. Seus solos ricocheteiam de forma precisa sobre as bases de Fábio e Raimundo. Destaque para faixas como De Exu Pra Lá, Choro Cigano e Encantador, do próprio trio, e para as versões Que Nem Jiló (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira) e Noites Cariocas (Jacob do Bandolim). O título do trabalho não poderia ser melhor: Engasga Gato, que, por sinal, também batiza outra bela composição. Acesse www.lucianomagno.mus.br para conhecer melhor o trabalho do Trio Sotaque.

terça-feira, janeiro 09, 2007

POR FALAR EM DEEP PURPLE

Que Ritchie Blackmore costuma encabeçar listas de preferências entre os guitarristas, isso não soa novidade faz tempo. Porém, se pesquisarmos na discografia do Deep Purple, encontraremos pistas da caminhada que o guitarrista inglês trilhou até completar sua personalidade musical (apesar dessa caminhada ser constante). Na estréia, em setembro de 1968, oito faixas completavam Shades Of Deep Purple - um disco célebre, lembrado apenas pela melodiosa Hush. A banda ainda contava com Rod Evens (voz) e Nic Simper (baixo). Numa boa vasculhada pelo álbum, entretanto, encontramos duas boas versões para clássicos: Help (Beatles) e Hey Joe (eternizada por Jimi Hendrix, embora a canção não seja dele). Dois grandes arranjos, bastante influenciados pelo psicodelismo do final dos anos 1960 - quase uma lisergia sonora. Ritchie Blackmore, que aparece mais contido e menos explosivo, se vale de belos dedilhados, acordes muito bem timbrados e uma sabedoria ímpar na hora de acompanhar melodias. Um disco que vale a pena ter em sua discoteca de referências.

terça-feira, janeiro 02, 2007

BLACK SABBATH x DEEP PURPLE

Aproveitando que 2007 está apenas começando, vou contar uma curiosidade que "descobri" por esses dias. Na verdade, muitos fãs de Black Sabbath e de Deep Purple já devem saber, mas, foi algo muito novo e diferente. Já imaginou Tony Iommi tocando Smoke On The Water? Pois é, ganhei um CD "genérico" da turnê de divulgação do disco Born Again (1983), do Black Sabbath. Trata-se da gravação pirata de um dos impagáveis shows no grupo quando Ian Gillan (Deep Purple) garantia os vocais. Foi sensacional ouvir clássicos como Paranaid ou Black Sabbath, eternizados na voz de Ozzy Osbourne, cantados por Gillan. Entretanto, um dos melhores momentos acontece quando Tony Iommi puxa os inconfundíveis riffs de Smoke On The Water. Pode não ser a melhor versão para o hit do Deep Purple, mas, sem dúvida, merece ser conferida. A qualidade da gravação está perfeita, pois foi extraída diretamente da mesa de som. Uma verdadeira pérola do heavy metal.