terça-feira, maio 29, 2007

FESTIVAL REVELA O FENÔMENO DO COVER

O festival de bandas cover Glastonbudget, que acontece na Inglaterra, tem chamado a atenção do mercado musical de forma impressionante. A mídia noticiou os milhares de fãs que lotaram o evento só para assistir outros fãs tocando as músicas de seus ídolos em comum. Ele aconteceu no último fim de semana e tem seu nome, Glastonbudget, como uma alusão ao famoso e importante festival inglês Glastonbury – até nisso está relacionado a cover. A explicação para este considerado fenômeno na Inglaterra (e em outras partes do mundo) vem da vontade das novas gerações de assistir as bandas que nunca tiveram a oportunidade. Além disso, é uma opção barata ante aos preços abusivos dos shows “oficiais”. E olha que banda cover já enche casas de shows faz um tempinho. Haja vista os shows dos covers do U2 e Queen que passaram recentemente por São Paulo, no Via Funchal, uma das principais casas de shows da cidade.

segunda-feira, maio 28, 2007

27 ANOS DE VIOLA, MINHA VIOLA

Música popular tradicional é uma arte, um tesouro, que o Brasil guarda há séculos. A viola foi o primeiro instrumento de cordas a aportar por aqui, trazido pelos colonizadores portugueses. Músicos gabaritados, muitos dos quais aprenderam o ofício com seus pais, são bravos mestres de dedilhados precisos e acompanhamentos majestosos. Uma escola completa para quem toca seja lá o instrumento que for.
No dia 25 de maio, a apresentadora e cantora Inezita Barroso celebrou os 27 anos de seu programa, Viola, Minha Viola, exibido pela TV Cultura. Referência para a nossa música tradicional de raiz, a genuína sertaneja, muitos nomes importantes passaram pelo palco do programa. Entre eles, Tonico e Tinoco, Sérgio Reis e Renato Teixeira. Tendo em vista a grade de opções que a TV nos oferece, manter o Viola, Minha Viola por quase três décadas é motivo de muita alegria e para celebrar. O primeiro programa foi gravado com As Galvão (Meire e Marilene), em maio de 1980 na TV Cultura, e foram as mesmas que estiveram prestigiando a edição comemorativa dos 27 anos. Parabéns Inezita Barroso, cantora dona de uma voz poderosa e de um sorriso cativante.

domingo, maio 27, 2007

UMA TARDE ACÚSTICA DE COUNTRY




De quinta a domingo, 24 a 27 de maio, a cantora country Barbara Zinger esteve em São Paulo numa série de poket shows para divulgar seu novo disco, Ao Som De Barbara Zinger (Indie Records). Em linhas gerais, são doze versões para pérolas como American Pie, Route 66 e Honky Tonk Women. A produção foi do grande Rick Ferreira, que também gravou guitarra, violão, banjo, dobro, steel guitar, entre outros. O guitarrista anunciou recentemente a sua parceria com a Strinberg e é o novo endorser da marca. Para a seqüência de shows em São Paulo, Barbara Zinger contou com a presença de Emerson Ribeiro e de Rick Ferreira, ambos nos violões. O que se ouviu foram timbres maravilhosos, amanteigados por graves imponentes e abrilhandados por agudos bem dosados. O som do Strinberg modelo JS 02C que Rick Ferreira estava usando é sensacional. O instrumento é uma peça de bom gosto e bem acabada, ideal para a voz firme e delicada da bela Barbara Zinger, uma simpatia. Muito bom seu disco. Uma aula de timbres e arranjos country. Nestas fotos, clicadas no sábado, estão Rick Ferreira, Barbara Zinger e Emerson Ribeiro, e Rick com seu Strinberg JS 02C.


sexta-feira, maio 25, 2007

DIO E MALMSTEEN

Para quem não conhece, em 1999 foi lançado Tribute To Aerosmith, que, entre os participantes, estão o vocalista baixinho e "enfesado" Ronnie James Dio e o mestre Yngwie Malmsteen. Ambos executam uma excelente versão para o primeiro clássico do Aerosmith, Dream On. Ouvi novamente essa versão numa estação de rádio e me lembrei desse grande encontro. Os solos de Malmsteen mantêm sua personalidade sem desvirtuar a alma da música original - isso sim é técnica. Excelente!

terça-feira, maio 22, 2007

BOA CHANCE PARA BANDAS INDEPENDENTES

Pessoal, a Válvula Discos está programando o lançamento de Achados e Perdidos – Vol. 2, compilação de bandas brasileiras do cenário independente. Este volume terá como tema o tributo aos nomes do rock tupiniquim dos anos 1970. Serão dois discos: o primeiro com o tributo e o segundo com músicas próprias das mesmas bandas. Entre as já selecionadas estão Sonicvolt, MQN, Mariposa e Carbura. Quem quiser tentar participar dessa compilação, escreva para valvula@gmail.com. Aí está uma boa!

sábado, maio 19, 2007

CASCADURA: PAREDE SONORA NO PALCO


Aqui está o pessoal do Cascadura em plena atividade. A foto é da Camila Figueiredo e foi tirada na noite de quinta (17 de maio), no esfumaçado Vegas (São Paulo). O público curtiu a vibe do grupo baiano, que trabalha textos caprichados em cima de bases pesadas, densas. O Cascadura vem provando ser uma potência em cima dos palcos. Também, pudera, com uma Fender Telecaster (Fábio) e uma Gibson Flying V (Cândido) plugadas em amps Marshall, só poderíamos ter uma parede sonora sensacional.

sexta-feira, maio 18, 2007

SLASH: UM CARA SIMPLES




Um cara simples. Essa foi a impressão com a qual saí depois da entrevista com Slash. Toda a história que envolve esse ícone da seis-cordas cria uma imagem que, definitivamente, não tem nada a ver com o que realmente é. Slash chegou com Duff e Matt Sorum para as poucas entrevistas que deram. Após a MTV, apenas o guitarrista permaneceu na sala reservada à imprensa do hotel em que o Velvet Revolver e o Aerosmith ficaram hospedados em São Paulo. Foi então que eu e o Luiz Sacoman (do Cavalo Vapor), que estava me acompanhando, entramos. Sentado, sorridente e bem disposto, Slash nos cumprimentou, deu um gole curto na garrafa de água que estava segurando e a entrevista começou. Programada para poucos cinco minutos, Slash estendeu a entrevista por quase meia hora. Respondeu com detalhes e se divertiu quando lhe perguntei sobre a semelhança entre os riffs de Paradise City, do Guns N’Roses, e Zero The Hero, do Black Sabbath (do disco Born Again, de 1983). Um pouco dessa energia positiva está na matéria de capa da Guitar Player desse mês de maio. Muito legal poder compartilhar isso com vocês. Aqui estão alguns dos momentos dessa exclusiva. Valeu!

quinta-feira, maio 17, 2007

DUOFEL NO PROGRAMA DO JÔ

Ontem de madrugada, procurando algo de bom na TV, esbarrei com o Duofel no Programa do Jô, bem na hora da chamada Canja do Jô, que é aquele último momento do programa, quando um músico apresenta uma de suas canções. Eu já conhecia o trabalho do Duofel, mas, realmente, o fator surpresa ajudou a tornar a apresentação da dupla numa amostra mágica de talento, dom, virtuosismo e perfeição no sincronismo. Os efeitos que imitavam sons de violinos foram impressionantes. Sem querer ser exagerado, acho que nennhum guitarrista deveria deixar assistir pelo menos uma apresentação do Duofel. Revigora a alma.

segunda-feira, maio 14, 2007

VOLTA DO CAMISA DE VÊNUS


Nesta última sexta-feira, dia 11 de maio, São Paulo recebeu o Camisa de Vênus. Reformado e pronto para mais uma turnê, o grupo baiano conta com três guitarristas. Além de Karl Hummel e Gustavo Mullem, membros originais, está o grande Luiz Carlini, que já fez parte do Camisa de Vênus entre 1995 e 1997. Com três guitarristas, as músicas ganharam peso e mais vitalidade. Gustavo e Carlini se dividiram nos solos. O primeiro, com o clássico timbre do grupo, e o segundo com a pegada experiente de um dos principais ícones da guitarra brasileira. Karl, apesar de solar na música Silvia, confirmou sua especialidade em bases precisas, sintonia com a letra e intervenções coerentes. Aqui estão Maurano (da Playtech), Gustavo Mullem, Yves Passarell (do Capital Inicial), Karl Hummel e Luiz Carlini – celebração nos camarins após o show.

quinta-feira, maio 10, 2007

NA MINHA VITROLA DIGITAL

Olha só, pessoal... uma banda que tenho ouvido bastante, muito boa mesmo, chama-se Rock Rocket. O disco dos caras, Por Um Rock And Roll Mais Alcoólatra e Inconseqüente, foi relançado pela TramaVirtual ano passado. O forte deles: bases carregadas por atitude, formatadas num rock influenciado pelos anos 1950 e 60 (pelo menos, na levada e na construção melódica). Noel é o nome do vocalista e guitarrista e faz o tipão rebelde desbocado, que combina muito com a atitude dos riffs e da mão direita. Os outros integrantes são Pesky (baixo) e Alan (bateria e voz). Não precisa levar a sério o título do disco, mas preste atenção nos timbres e no rock direto do Rock Rocket - a maior música tem pouco mais de três minutos. Opa! Deixa eu colocar o disco para tocar novamente. Fui!

terça-feira, maio 08, 2007

ENCONTRO DE GERAÇÕES


Hoje, estive num show de tirar o fôlego. Assisti os paraenses do Madame Saatan, banda nova, de bases pesadas, cavalgadas por pinceladas típicas do trash, sem deixar elementos regionais de fora. A levada deles tem personalidade forte e o guitarrista, Edinho Guirreiro, é um músico seguro e preciso. Além dele, Ícaro Suzuki (baixo), Ivan Vanzar (bateria) e a bela Sammliz (voz) dão a liga no som pesado e cantado em português do Madame Saatan. O show aconteceu no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, para o projeto Supernovas. O esquema se resolve com uma banda nova e a participação de um renomado músico. Nesse 08 de maio, o convidado foi ninguém menos que Pepeu Gomes, que simplesmente debulhou sua guitarra, coroando a jam com a víscera dos grandes shows. Fiz questão de enquadrar Edinho Guerreiro, o novo, ao lado de Pepeu Gomes, a referência. Se tiverem a chance, conheçam o Madame Saatan que vale cada riff pesquisado. Valeu!

quinta-feira, maio 03, 2007

RELANÇAMENTOS DO THIN LIZZY

Lynott, Downey e Bell
Para quem gosta de rock com guitarras tocadas com personalidade, o Thin Lizzy deve ser uma das bandas de cabeceira. Em cada uma das diferentes fases que o grupo irlandês passou, conseguimos encontrar referências preciosas. Uma boa chance para engordar sua bagagem guitarrística foi anunciada: dia 27 de junho, três discos do Thin Lizzy, lançados pela primeira formação, estarão novamente nas lojas – e com extras saborosos. Além de Phil Lynott (baixo e vocal) e Brian Downey (bateria), fazia parte o guitarrista Eric Bell (entrevistado por mim para a Guitar Player recentemente). Um cara letrado na escola do feeling, do improviso certeiro e da noção harmônica que apenas os bons músicos têm. Quer dois hits do Thin Lizzy dessa fase? Anote aí: The Rocker e Whisky In The Jar (regravada pelo Metallica há pouco menos de dez anos). Os discos relançados serão os seguintes: Thin Lizzy (1971), Shades Of A Blue Orphanage (1972) e Vagabonds Of The Western World (1973), que será duplo, tendo o primeiro disco registros ao vivo na BBC e faixas extras, e o segundo, o repertório lançado originalmente. Junte os cascalhos porque vale cada um deles!