sábado, dezembro 02, 2006

TARDE MUTANTE


“O Arnaldo é o amor da minha vida”, desabafou Sérgio Dias na coletiva que os Mutantes deram nesta semana. Para os menos atentos, há pouco mais de três décadas o grupo sofria sua segunda e decisiva perda, depois da expulsão de Rita Lee. Arnaldo Baptista preferiu seguir em carreira-solo porque seu irmão passou a usar guitarras Fender. Acreditem nessa! Por essa razão, era no mínimo curioso encontra-los juntos outra vez. Logo veio a explicação: “minhas Stratocaster estão encostadas em casa”. Pois é, Sérgio Dias resgatou sua velha e clássica Régulus para acrescentar mais autenticidade ao som dos Mutantes reformados. “Foi muito bom tocar com ela novamente”, atestou. Na coletiva estavam todos: Sérgio Dias, Arnaldo Baptista, Dinho e a “novata” Zélia Duncan. O prato principal era apresentar o lançamento “Ao Vivo” (em CD e DVD) e tudo que envolveu o retorno do grupo. Em pouco mais de uma hora, aquela tarde nublada e abafada se transformou numa oportuna conversa amistosa e descontraída. No final, não deixei de cumprimentar Sérgio Dias, o primeiro brasileiro a colocar guitarra na MPB. Emoção reforçada pela simpatia do guitarrista e seu sorriso honesto. Valeu!
Henrique Inglez de Souza

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