sábado, setembro 30, 2006

SAIDEIRAS DO MÊS

Em pouco mais de sete dias, a cidade de São Paulo recebeu alguns shows memoráveis. Foi um bom desfecho para o mês de setembro. Dia 22, no Centro Cultural São Paulo, os novatos do Expresso Monofônico mostraram que são muito melhores no palco do que numa apertada sala de gravação. Todos têm presença e não deixaram a peteca cair em nenhum momento. O som do Expresso Monofônico é uma salada de frutas interessante – graças à Tropicália. Inspiradas no borbulho encabeçado pos Caetano Veloso e Gilberto Gil, as músicas remetem ao rock, blues, MPB, enfim, uma porção de nuances, as quais exigem competência de palco. Por isso, quando estava espremido num vagão de metrô indo assisti-los, temia pela performance do Expresso Monofônico. Mas, para a minha alegria, eles são bons mesmo. O guitarrista Rafael Pimenta tem personalidade: timbre, trejeitos e pegada.
Já na terça, dia 26, tive uma noite abaianada no Bourbon Street. No início da tarde, o telefone tocou e era a empresária do Pepeu Gomes me convidando para a sua apresentação de logo mais. Me mandei pra lá assim que o sol se escondeu sob a poluição amarelada da noite paulistana. Pepeu tocou seu set mais recente, bastante baseado no DVD “Ao Vivo”, lançado recentemente e devidamente registrado pela Guitar Player. Entre outras, o guitarrista baiano não podia (e não deixou) de executar “Brasileirinho”. Embora não seja sua composição, acho que ninguém além de Pepeu Gomes soube dar melhor roupagem à canção. No palco apertado do Bourbon ainda coube uma participação especial, Davi Moraes – filho de Moraes Moreira.
Por último, o Uriah Heep, do simpático e sorridente Mick Box, esteve mais uma vez no Brasil. Quinta, dia 28, a banda passou por São Paulo e deixou ecoar clássicos como “Easy Livin’” e “Look At Yourself” pelo Via Funchal. O mago Mick Box e sua Gibson Les Paul Custom preta são realmente carismáticos. Embora não seja um virtuoso (graças a Deus!), o guitarrista tem o que muito virtuose não tem: estilo e qualidade. Ou seja, as músicas são banhadas por riffs e melodias com alma. Sua mistura um tanto estridente de distorção e wah-wah são a marca mais charmosa do Uriah Heep. A banda é super competente. Outra figura que chamou a atenção foi o baterista Lee Kerslake. Uma das instituições do Uriah Heep, Kerslake foi o baterista que gravou os dois melhores discos de Ozzy Osbourne: “Blizzard Of Ozz” e “Diary Of A Madman” – exato! Ambos com Randy Rhoads. Sem dúvida, um fim de mês próximo da perfeição no quesito shows.
É isso!


Henrique Inglez de Souza

4 comentários:

Anónimo disse...

Ohhhh Henrique!!!

Muito obrigada pela descrição tão carinhosa do nosso show! Fico muito contente em saber que muito mais do que atender, ultrapassamos a expectativa. E isso temos ouvido de muitas pessoas! Inclusive de nós mesmos... rs

E este é só o começo!!!!
SARAVÁ!!!

Anónimo disse...

ops, o texto ficou um tanto disléxico, mas dá pra entender né? hahahaha

Anónimo disse...

aaahhh, e você só se esqueceu de dizer que o show foi no Centro Cultural São Paulo!

Anónimo disse...

o show do EM foi msmo surpreendente, na verdd jah tinha me apaixonado no primeiro show da banda na galeria do rock, pois esperava ver soh som pesado, emos, etc,etc,etc,ai eles entraram totalmente diferentes, BIZARROS msmooo, sb?
encararam o publico e a possibilidd d vaias, pois nao eh um publico alvo d tropicalia, neh?

e issu td fez com q eu fosse no show do ccsp, comprar cd, manter contato com a ana regina....

ass. soh um mero fã da banda